A crise econômica em diversos setores da indústria e comércio, tão comentada por onde quer que ande, tem causado preocupação para alguns e oportunidades para outros. Em meio a tantos altos e baixos, em todo o país, em algumas regiões mais, outras menos, empresas demitem funcionários, fecham as portas, entram em férias coletivas e tentam de alguma maneira, achar soluções para atravessar mais uma instabilidade na economia brasileira.
Entre cortes na linha de crédito, inflação e juros altos, o que não se pode negar, é que o momento pede cautela. Essa é a linha de pensamento de Vilmar Limar de Souza, presidente da Associação Empresarial de São Miguel do Oeste (Acismo). Para ele, a população preocupa-se muito com o que a mídia tem abordado. Souza afirma que as emissoras de televisão tem falado, incansavelmente, em crise, recessão, demissões em massa, isso assusta a população. Segundo ele, o País passa por um momento de equilibro e readequação do processo produtivo e comercial, e não de crise. “O Brasil precisava entrar na linha e isso se dá com o aperto de algumas coisas, não comprar o excedente e coisas supérfluas. Nos últimos anos, o que se imaginava vendia, era uma venda desenfreada, tinha financiamento para tudo, hoje está mais retraído”, destaca.
Para Souza, a população estava se afundando e comprando demasiadamente, ficando cada vez mais endividada. “Seria muito pior se continuássemos assim, nós estávamos cavando um buraco onde cairíamos e talvez estivéssemos numa situação muito pior do que enfrentar agora, um pouco de resseção, um alinhamento e replanejamento dos negócios”, ressalta o presidente.
O acesso ao crédito, continua Souza, estava facilitado e muitas pessoas sem uma boa orientação financeira, buscaram financiamentos visando adquirir produtos sem a real necessidade, induzidas pela mídia, ao consumo excessivo. “As pessoas precisam ter mais consciência e dar mais valor aquilo que já tem e não correr atrás de coisas novas, muitas vezes só por ego, instinto de compra ou algo assim. Penso que agora a população está mais centrada, comprando apenas o necessário”, relata.
O comércio local está absorvendo, de uma forma positiva, o momento. “A nossa região está absorvendo muito bem essa famosa crise que todo mundo comenta. Nenhuma empresa está fechando por causa da crise, o que se percebe, são empresários procurando alternativas dentro desse contexto para tudo voltar à normalidade”, finaliza.
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