O presidente da Associação Empresarial de São Miguel do
Oeste (Acismo), César Signor, recebeu, na tarde desta quinta-feira (39), o
deputado Federal Celso Maldaner (PMDB), que explanou sobre um projeto de R$ 150
milhões para as rodovias federais no grande Oeste de Santa Catarina, mas que
agora corre o risco de ser dividido com os outras regiões. O encontro também teve
a participação do deputado Estadual Maurício Eskudlark (PR), do prefeito João
Carlos Valar, do secretário da ADR, Volmir Guimbelli, e de representantes de
entidades, sociedade, prefeitos e vereadores de São Miguel e região.
Segundo Maldaner, cada Estado tem direito a uma emenda
impositiva ao ano e, por decisão da bancada catarinense em Brasília, houve
consenso para que recursos de R$ 150 milhões fossem aplicados em obras de
reestruturação e ampliação das BRs 282 e 158, que hoje recebem apenas obras de
manutenção. Conforme o deputado, esses valores estão garantidos, no entanto,
por se tratar de uma só emenda, há uma pressão muito grande para divisão dos recursos
para contemplar outras regiões do Estado. “A necessidade é de restauração,
manutenção já não é suficiente e por isso a necessidade de aplicar
integralmente esses valores. Porém, há uma pressão muito grande em retirar
parte desse valor, estou brigando praticamente sozinho por esse recurso e por
isso estou pedindo apoio da sociedade e das entidades em encontros como este”,
justificou o parlamentar.
Conforme o deputado, é preciso unir forças, pedir apoio para
garantir esse recurso que é nosso. “A situação é difícil para todos, mas esse é
nosso. Precisamos garantir isso, já licitar para iniciar as obras esse ano e
manter esse dinheiro empenhado até a conclusão”, afirmou Maldaner, que afirmou
ainda que o Dnit trabalha com o prazo de oito dias para definir a situação e
lançar a licitação.
Eskudlark assegurou que irá conversar com o deputados de seu
partido bem como com os colegas da Assembleia Legislativa para apoiar o
deputado Maldaner e manter essa decisão de recursos para a região. O deputado
manifestou preocupação com as atuais obras de manutenção e que já levou está
questão ao Dnit.
O prefeito Valar manifestou preocupação acerca do impasse,
especialmente pela agroindústria, que se localiza especialmente na região de
São Miguel do Oeste a Lajes e que seriam diretamente beneficiadas com as obras
nas rodovias. “Temos justificativas fortes para ter qualidade nas nossas
rodovias e assegurar o escoamento da produção. Os impostos saem todos os dias
daqui e temos o direito de receber de volta”, enalteceu.
O secretário Executivo da ADR lembrou a dificuldade de
garantir recursos para os municípios do interior e que essa é uma conquista que
não pode ir embora.
O presidente da Acismo, citou o encontro que teve nesta
quarta-feira (29), com o juiz Federal, com as cobranças acerca das atuais obras
de manutenção, que giram em torno de R$ 42 milhões, e que não se sabe a
qualidade, quanto tempo vai durar e se contemplará todo o trecho. “Já que a
bancada catarinense conseguiu esse projeto nada mais justo apoiarmos essa
questão, antes de perdemos esse recurso, por que precisamos com urgência de
obras nas rodovias. Esse trabalho de recapeamento que está sendo feito é
vergonhoso, estão roubando o dinheiro da população, por que isso não é trabalho
que se faça. Os deputados foram eleitos para representar a nossa região e por
isso devem brigar pelos nossos pleitos. Eles fazem o papel deles e nós, como
entidade, vamos dar o apoio necessário”, enal Signor.
Ao final das explanações, ficou acertada a elaboração de um
documento, a ser encaminhada a todos os parlamentares que compõe a bancada
catarinense, mantendo a apoiando o pleito. O documento é assinado por
representantes do Conselho das Entidades, composto pela Acismo, CDL,
Sindicomércio, Sinduscon, Sindivestuário, Vice-presidência Regional da ACATS,
Sindicont, Sindimecânicas, Sindigráficos, Vice-presidência Regional da Fiesc,
Sindialimentação, Conselho Regional de Contabilidade, Vice-presidência Região
Oeste da Fecomércio, Primeiro Distrito da FCDL, Vice-presidência Extremoeste da
Facisc e Associação dos Criadores de Bovinos.
Ainda foi indicado a entidades como a Fiesc, Fecomércio e
Ameosc, que tiveram representantes no encontro, para elaboração de documentos e
apoio ao pleito.
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